As luzes da cidade

O RAP é um dos estilos musicais de maior preferência entre os alunos e sempre segue uma sequência de grito da favela, onde geralmente falam da discriminação que sofrem devido a condição financeira instável, seu estilo de ser e de viver.

Seguindo essa linha de pensamento, após ser um fã incondicional do Mano Manya, passei a escutar diversos rappers como KLM, Guindart 121 e outros, chegando à culminância de escrever, compor e gravar um vídeo institucional para a UnB hoje pela manhã.

Tecnicamente falando, perceba a sequência da letra com todos os passos que geralmente temos em um RAP, culminando em uma troca de tiros polícia bandido onde acaba toda estória.

Vamos ao vídeo...


Agora a letra fica com autorização prévia para Mano Manya gravar, caso seja do seu interesse, caso outro grupo queira gravar, favor entrar em contato comigo.


As luzes da cidade
As luzes da cidade já se apagaram
Levou o meu amor e suas marcas me deixaram
Foi um momento triste e de imensa dor
Foi simbora minha garida, foi simbora minha flor.

As luzes da cidade sempre acenderam
Estranhei a realidade dos fatos que aconteceram
As ruas já escuras, já não podiam ver
Imagens obscuras via-se a correr

Imagens obscuras que não saem do meu pé
É desgraça de polícia, é desgraça de gambé!
- Deita no chão aê Mané, senão vou atirar!
- Olho pro lado, tudo escuro, não sei se tenho mais medo da polícia ou do ladrão, por isso me deito...


As luzes da favela, todas apagadas
Gambé não tem conversa, tô levando é porrada
Só marca onze hora nessa noite pertubante
Me pegaram por engano como traficante.

Eu peço pra dizer que tô vindo da escola
Levo um murrão na boca e me levam pra gaiola
Me bate, me espanca, lavagem cerebral
Não sabem meu sucesso, sou um profissional.

Então eu me enfureço pois a ficha não caiu
Vai pro carái de asa, vai pra puta que pariu
Agora vou em cana, com minha realidade
Eu gritei com os polícia, desacato à autoridade.


As luzes da cidade já se apagaram
Agora estou preso, meus planos acabaram
Estudo não vale nada nesse país do cão
Onde as autoridades não tem educação

Eu cumpro a minha pena, eu sigo minha cina
Aprendo a ser bandido pois na cadeia ensina
As luzes da cidade voltam a acender
Agora estou livre, agora vou viver.

Procuro um trabalho na minha profissão
Eu sofro pra caralho com a discriminação
Sua ficha não tá limpa, se liga óh Mané
Eu perco a minha vida, por causa do gambé...
Por causa do gambé...
Por causa do gambé...


Agora eu perdi tudo, tenho mais nada não
Só tenho minha roupa, na cintura um oitão
A fome me aperte, a pobreza me judia
Eu vejo uma viatura, fazendo a correria.

Desgraça, fila da puta, polícia filho do cão
Tá dentro dessa farda, pensa ter a proteção
Já vem na minha cola, vai rolar a confusão
Estou determinado, saco lá do meu oitão...

- O primeiro a descer: o polícia que me prendeu pela primeira vêz.
Olha pra minha cara e ri:
- E aí musquitim, cadê tua profissão?

Pah! Levou um tiro no meio da boca, o soldado do lado, um tiro no ouvido e o outro atirou no meu coração...



As luzes da cidade, tá se apagando,
As luzes da cidade, tá se apagando,
As luzes da cidade



Abraços
SamLucas

Comentários

  1. Somente esclarescendo que essa letra é uma estória baseada em estudos de composições de RAP pela UnB. Não trata especificamente o meu ponto de vista.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Diplomas e Certificados

Professor SamLucas - uma vida dedicada à cultura reconhecida pelo Prêmio Jaburu 2020